Connect with us

“ASM quer chegar ao ‘top 5’ mundial” – O Jornal Económico

“ASM quer chegar ao ‘top 5’ mundial” – O Jornal Económico

NOTÍCIAS FINANCEIRAS

“ASM quer chegar ao ‘top 5’ mundial” – O Jornal Económico

[ad_1]

O Grupo ASM, recentemente designado ASM_Industries, pretende posicionar-se nos próximos anos entre o top 5 e top 7 dos maiores produtores mundiais de estruturas para o setor das energias renováveis. Em entrevista ao Jornal Económico, o CEO da ASM_Industries, Adelino da Costa Matos, revela que o grupo sediado em Sever do Vouga fechou 2018 com uma faturação de cerca de 60 milhões de euros, dos quais cerca de metade foram originados pela ASM Energia, que se decida a fabricar torres e fundações para parques de energias renováveis, em particular eólicas, onshore e offshore. Com a construção em curso de mais uma fábrica em Aveiro, o grupo espera fazer crescer o volume de negócios em mais 20%, com especial enfoque para os mercados exportadores, destacando-se as oportunidades que a ASM quer aproveitar nos Estados Unidos. A construção de megaestruturas para aquacultra de peixes no alto mar, no Mar do Norte, é outro novo filão que o grupo vai explorar.

Como decorreu a atividade do Grupo ASM em 2018?

Somos um grupo informal e familiar que deverá ter fechado o ano passado com uma faturação consolidada de cerca de 60 milhões de euros. Metade deste volume de negócios, cerca de 30 milhões de euros, deriva da divisão de estruturas para as energias renováveis. Esta área tem tido um crescimento significativo, uma vez que em 2014 rendeu cerca de 10 milhões de euros de faturação, passando para os 30 milhões no ano passado.

Quais são as previsões para 2019?

Para este ano, o Grupo ASM deverá atingir uma faturação de cerca de 66 milhões de euros. O sector das energias renováveis deve atingir um volume de negócios de 35 ou 36 milhões de euros.

Como está estruturado atualmente o Grupo ASM?

O Grupo ASM foi fundado em 1980, há 38 anos, pelo meu pai. Começou a sua atividade nas construções metalomecânicas, com uma especialização para o sector do petróleo e do gás, em particular para as refinarias. Foi um negócio que foi crescendo. A partir do momento em que entraram os filhos no negócio, cada um foi trilhando o seu próprio caminho dentro do grupo, dedicado a uma área de negócio distinta. E assim procedemos a uma sucessão empresarial dentro do grupo, em vida do meu pai. Como somos bastante empreendedores, procedemos a uma divisão efetiva do grupo em três áreas de negócio: petróleo e gás; equipamentos e transportes; e energias renováveis. Na área de equipamentos e transportes, fabricamos cisternas para transporte de combustíveis (gasolina, diesel, gás natural, mas também leite e água).

A área de energias renováveis parecer ser a mais determinante para o grupo…

A área de energias renováveis é a que eu lidero. Temos uma fábrica de torres eólicas em Sever do Vouga desde 2006. Desde 2011, começámos a investir nas produção de estruturas para energias renováveis offshore, com a entrada em teste de um novo equipamento, o WindPlus. Nesta área, fabricamos torres e fundações para parques eólicos offshore. Em 2017, procedemos a uma ampliação da unidade de Sever do Vouga, um investimento avaliado em cinco milhões de euros, que tem como objectivo aumentar em 40% a capacidade de produção do grupo nesta área. Temos também uma unidade fabril em Setúbal desde 2018, que representou um investimento de mais quatro milhões de euros e está dedicada ao fabrico de estruturas para energias renováveis offshore. Em 2018, iniciámos, em janeiro, a construção de mais uma fábrica em Aveiro, a qual deverá estar pronta no início do próximo ano. A produção desta nova unidade deverá arrancar em abril ou maio de 2020.

Qual o investimento feito pelo Grupo ASM nestas fábricas?

Em conjunto, o investimento do Grupo ASM entre 2016 e 2019 deverá ascender a cerca de 40 milhões de euros, repartidos pela holding e pelas sete fábricas que já temos em funcionamento ou em construção. Além de Portugal, temos mais uma fábrica no Paraguai.

Neste momento, o grupo emprega quase 500 pessoas. Mas, com este investimento que fizemos, em particular na unidade de Aveiro, o objetivo a curto prazo será atingir uma facturação de 50 milhões de euros só na área das energias renováveis.

Estas ambições passam pelo crescimento da vertente exportadora? Para que mercados?

No nosso país, nós somos a única empresa que fabrica estruturas para energias offshore. Com estas unidades recentes de Setúbal e a futura de Aveiro, o Grupo ASM será um dos principais players para entrar no mercado norte-americano, europeu e da Ásia. Nos Estados Unidos, o grupo vai avançar muito rapidamente. Os Estados Unidos vão ser um dos nossos principais países de exportação, trata-se de uma grande oportunidade no futuro no sector das energias renováveis, onshore e offshore, em torres e fundações. Esperamos que com este projecto WindPlus aumentemos de forma significativa a nossa taxa de exportações. Em 2017, a taxa de exportações o Grupo ASM nesta área foi de 95%. Depois do início da comercialização deste projeto, queremos manter essa taxa de exportações acima dos 90%. O projeto WindPlus está neste momento com a fase de fabrico em curso. Esperamos poder vir a instalá-lo junto dos potenciais clientes ao longo de 2019.

Qual foi a taxa global de exportações do Grupo ASM?

A taxa global de exportação do Grupo ASM, incluindo todas as suas unidade de fabrico, deverá ter oscilado no ano passado entre os 70% e os 80%. O Grupo ASM pensa numa lógica global, com exportações muito diversas, para destinos como a Europa, África, Médio Oriente, mas também para mercados que incluem França, Espanha, Reino Unido e Alemanha, na Europa.

Além dos Estados Unidos há outros mercados potenciais de exportação para o Grupo ASM, por exemplo, na Ásia?

Montámos um plano de negócio para criar as três unidades dentro do grupo, para consolidarmos o nosso crescimento médio em termos de longo prazo. Vemos os Estados Unidos como um mercado natural de crescimento das nossas exportações no futuro. Em relação à Ásia, que está a crescer muito nesta área das energias renováveis, a nossa estratégia passa pela constituição de parcerias com empresas locais. Poderão ser mercados muito interessantes para nós, nomeadamente o Japão, Taiwan e a Coreia do Sul, por exemplo.

E na Europa?

Esperamos conseguir uma consolidação das nossas vendas no mercado europeu, que é um mercado natural e típico para nós. Sendo que os mercados africano e do Médio Oriente têm cada vez mais preponderância nas nossas exportações. Na área das energias renováveis, no período entre 2014 e 2017, as exportações representaram cerca de 20%. No ano passado, a vertente de exportações desta unidade chegou aos 100%.

Quais são os objetivos do Grupo ASM com a entrada em funcionamento da nova fábrica de Aveiro?

Temos a intenção de fazer crescer o nosso volume de negócios em mais 20% com a entrada em operação da fábrica de Aveiro. Neste setor das energias renováveis, o nosso objectivo a curto prazo é passar a integrar o top 5, o top 7 dos maiores fabricantes mundiais deste tipo de estruturas.

Está prevista a entrada do grupo em novos segmentos da indústria metalomecânica?

Neste momento, não queremos entrar em outras áreas de negócio, como a construção ou a reparação naval, porque é uma área que não nos interessa, até porque há players nacionais com know how muito superior ao nosso. Queremos focar-nos no que sabemos fazer bem. Nos próximos dois ou três anos, o objetivo é proceder à consolidação do investimento de cerca de 40 milhões de euros que aplicámos nos últimos anos. Depois, é vender para o pagar.

Mas o crescimento das vendas do Grupo ASM será conseguido apenas na área das energias renováveis?

Além do crescimento que prevemos no setor das energias renováveis, estamos a apostar num novo segmento, que é a construção de superestruturas metálicas de grande dimensão para a produção de peixe e mariscos em alto mar. Já fizemos um projeto para esta vertente da aquacultura. Temos contactos mais avançados para podermos fabricar mais estruturas deste género para localizar no mar do Norte, para a produção de megaestruturas offshore em alto mar para a produção de atum, salmão ou bacalhau.

A indústria metalomecânica nacional tem-se queixado de forma recorrente da falta de mão de obra qualificada. Como está o Grupo ASM a resolver o problema?

Estamos a apostar bastante na formação interna para solucionar a questão da falta de mão de obra qualificada. Estamos também a tentar encontrar pessoal indiferenciado para trabalhar, a quem depois damos formação específica, mas mesmo esses são difíceis de encontrar. Temos trabalhado com alguns parceiros recrutadores que nos tentam encontrar alternativas para contratar mão de obra, nacional ou estrangeira. Sentimos uma grande falta de soldadores, serralheiros. Estamos a conseguir contratar alguns destes profissionais no Nepal e no Paquistão, por exemplo, porque há empresas que conseguem alocar este tipo de mão de obra e afetá-lo ao setor nacional da metalomecânica.

Artigo publicado na edição nº 1985 de 18 de abril do Jornal Económico



[ad_2]

Source link

Continue Reading
You may also like...
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

More in NOTÍCIAS FINANCEIRAS

To Top
error: Content is protected !!