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Nomadismo Digital: Vamos falar de dinheiro? – Meios & Publicidade

Sofia

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Nomadismo Digital: Vamos falar de dinheiro? – Meios & Publicidade

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É já com alguma graça que ouço os comentários quando se fala de ser nómada digital, desde o “Tu só queres é passeio!” ao “Vai é trabalhar”. Este estilo de vida parece vir sempre associado à ideia de que quem é nómada digital, não faz nenhum e que encara as questões económicas de forma leviana.
Como se por ser gente que opta por não pagar uma hipoteca de uma casa ou o empréstimo do carro, fosse menos preocupada com o futuro.
Sinceramente, não podia ser mais diferente – até porque os bilhetes de avião custam dinheiro! E a ideia de não ter reforma incomoda!
É um facto que os países e os respectivos sistemas financeiros estão pouco ou nada (e mal) preparados para quem opta pelo nomadismo, sendo o sistema de freelancer o caminho mais comum. E aí começam as perguntas: Como apresentar uma direcção fiscal se quero viajar? Como descontar – e para quem? Como saber qual o melhor sistema social e financeiro? Como funciona o pagamento à segurança social de cada país? Como passar facturas?
Na maioria dos países da Europa, os freelancers são muitas vezes tratados como funcionários de segunda – veja-se as altas taxas que pagam, comparando com os poucos privilégios que têm. Obviamente que a situação varia de país para país, mas (e corrijam-me se estou errada), em nenhum país um freelancer tem os mesmos benefícios que tem um trabalhador com contrato.
Na Alemanha, por exemplo, é obrigatório contratar um seguro médico. No caso dos freelancers, o valor depende sempre do salário de cada um – e pode ir dos 200 aos mais de mil euros por mês. Contudo, esse seguro é apenas válido na Alemanha e, com algumas limitações, na Europa. Fora da Europa, não serve para nada. Logo, para um nómada digital é dinheiro literalmente atirado pela janela.
Já em Portugal, um freelancer que não tenha 80% dos rendimentos provenientes de uma entidade única, não tem direito a subsídio de desemprego.
Em Espanha, os freelancer (ou “autonomos” como se diz por lá) mesmo que não cheguem aos 13 mil por ano, têm de pagar 19% de taxa.
E isto são só alguns exemplos. Entre a carga fiscal, o IVA a pagar e as dificuldades de um freelancer (para obter um crédito, por exemplo), fica claro que no que toca à parte financeira, a vida não nos é fácil. Já para não falar de baixas médicas, reformas, etc. Tudo isto se agrava quando falamos de um profissional que se encontra mais indefeso e vulnerável. Afinal, quando se é freelancer, não há cá sindicatos, nem dinheiro certo ao fim do mês. Obviamente, que é uma escolha. Contudo isso não significa que estes profissionais tenham de ser “punidos”. Fala-se aqui de mera justiça social.
Tem havido algumas iniciativas nos últimos anos, para melhorar a vida dos freelancers em vários países. Inclusive, dos nómadas digitais, reconhecendo-os como uma força de trabalho importante. Por exemplo, a Tailândia criou o visto para nómadas e a Estónia foi no mesmo caminho. Todavia, é preciso mais, mas para já seria bom ver cada país mais atento ao regime e ao estatuto de freelancer. Não pedimos tratamento especial, apenas que não sejamos tratados como profissionais e cidadãos de segunda!

Artigo de Sofia Macedo (Sofiamacedo.com). Sofia Macedo tem partilhado com os leitores do M&P a sua experiência como nómada digital.

Entre a carga fiscal, o IVA a pagar e as dificuldades de um freelancer (para obter um crédito, por exemplo), fica claro que no que toca à parte financeira, a vida não nos é fácil.



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