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Inédito. Portugal paga taxa abaixo de zero para se financiar a 10 anos – Observador

Inédito. Portugal paga taxa abaixo de zero para se financiar a 10 anos – Observador

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Inédito. Portugal paga taxa abaixo de zero para se financiar a 10 anos – Observador

O Estado português financiou-se esta quarta-feira no prazo de referência a 10 anos com uma taxa negativa – -0,012% – o que aconteceu pela primeira vez na História. A taxa de juro a 10 anos cruzou a “linha de água” em novembro, nas transações feitas entre os investidores no mercado secundário, mas esta foi a primeira vez que foi emitida dívida nova com este prazo e com uma taxa abaixo de zero.

Este é um momento histórico que acontece numa altura em que os participantes do mercado fazem refletir nos preços da dívida os recentes estímulos lançados pelo Banco Central Europeu (BCE), reforçados em dezembro. O agravamento das condições da pandemia em vários países também está a alimentar alguma expectativa de que o BCE poderá ter de tornar a política monetária ainda mais expansionista, para tentar apoiar as economias nesta fase.No total, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) obteve juntos dos investidores 1.250 milhões de euros, num leilão duplo de obrigações do Tesouro com vencimento em 2030 e em 2035. Ao abrigo do prazo mais curto, a 10 anos, foram colocados 500 milhões de euros aos que se juntaram 750 milhões em dívida que será devolvida aos investidores em 2035.Em 9 de setembro, quando Portugal fez a última emissão a 10 anos, o Estado pagou uma taxa média de 0,329%. Na maturidade a 15 anos, o IGCP, liderado por Cristina Casalinho, vendeu os títulos a um preço que pressupõe uma rendibilidade de 0,319% para os investidores.Irá Christine Lagarde pôr o Estado a financiar-se de graça (a 10 anos)?
“É impressionante, mas é isso que custa colocar dinheiro num ativo sem risco, hoje em dia”, comentou no final do ano passado Carlos Almeida, diretor de investimento do Banco Best, lembrando ao Observador que recentemente se atingiu um novo recorde a nível mundial: o equivalente a 17,05 biliões de dólares em ativos de dívida que têm rendibilidade negativa, em todo o mundo. Embora isto comporte preocupações óbvias sobre a sustentabilidade do sistema financeiro, a prazo, para as empresas e para os Estados esta é uma ótima notícia porque “estão a aproveitar para renovar dívida antiga a custos mais baixos e, também, a prazos cada vez mais longos”, afirma o especialista.


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