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Dias maus na vida de um nómada digital – Meios & Publicidade

Sofia

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Dias maus na vida de um nómada digital – Meios & Publicidade

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Para poupar 30 euros, decido ir de autocarro em vez de avião, de La Paz para Sucre (na Bolívia). Afinal, o autocarro era nocturno e as doze horas de viagem faziam-se bem, a dormir!. Além disso, 30 euros na Bolívia são uma soma considerável.

Obviamente que o autocarro sai com atraso. Mais tarde, às cinco da manhã, acordo cheia de frio. Com mesmo muito, muito frio! Muito frio! O autocarro avariou e está parado no meio da estrada, não há aquecimento e, diz o condutor, até que chegue uma nova camioneta, temos de esperar umas quatro horas. Temos pena, são coisas que acontecem! A alternativa, diz ele, seria parar um dos autocarros que estão a passar até à cidade mais próxima (ou seja, fazer duas horas de viagem) e de lá, apanhar um novo, que em três horas, chegaria a Sucre.

Feitas as contas e de pés gelados, vou pela alternativa.

Logo depois, um autocarro pára e lá vou eu!  Rapidamente, me dou conta, que nem no andar de baixo, nem no de cima, há lugares disponíveis. Ou seja, para passar estas duas horas de viagem, acomodo-me no corredor do autocarro e “encaixo-me” entre dois caixotes, qual tretris e adormeço.

A viagem termina e depois de pagar 20 bolivianos ao condutor, que obviamente não me dá recibo, nem nada que possa usar para pedir o reembolso à outra companhia, entro num novo autocarro, o último e que me levará até Sucre. As três horas facilmente passam a mais de quatro. Afinal, há que esperar que o autocarro encha e durante a viagem, o que não falta é gente a sair e a entrar. Todavia, o que importa é que chego ao destino e, amén, de pés quentes.

Quanto ao meu quarto em Sucre, é bem básico, velhinho, mas está limpinho e bem localizado. Logo, percebo que está junto a uma estrada principal, bastante movimentada, ou seja, o ruído vai ser muito. Contudo, o que me obriga a fechar as janelas é a poluição e o fumo que sai dos tubos de escape dos carros dos anos 60 que circulam por Sucre e que facilmente intoxicam o quarto.

Todavia, o pior ainda está para acontecer! Sim, o drama e o horror, é mesmo quando descubro que a Internet é lenta – as páginas não abrem, as imagens não descarregam, enfim: não funciona! Como tenho umas tarefas pendentes, começo, a andar pelo quarto, a tentar a sorte, à procura de melhor conexão. E onde está ela? Na casa de banho, pois claro. Trabalho desde ali uma hora antes de ir explorar a cidade e, quem sabe, informar-me sobre algum coworking em Sucre. Em vão.

Para terminar a história, fica o momento em que uma farpa do chão de madeira se espeta na planta do pé. Tento todas mezinhas da minha mãe, mas nem isso ou a pinça me ajudam. O pé dói e não consigo pousá-lo no chão. Procuro a farmácia e de lá, acabo por ser enviada à enfermaria do posto médico. Adeus farpa.

Quando regresso a casa, monto o escritório no corredor do quarto, com a mesa mesmo em frente à porta, para conseguir trabalhar. Nas próximas duas semanas, o escritório vai ser aqui.

 

Artigo de Sofia Macedo (Sofiamacedo.com). Sofia Macedo tem partilhado com os leitores do M&P a sua experiência como nómada digital.

 



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