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A Europa na encruzilhada – O Jornal Económico

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A Europa na encruzilhada – O Jornal Económico

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As eleições europeias estão finalmente à porta. Nenhum de nós sabe ao certo – até ao efetivo apuramento dos votos em urna – o que trarão de novo, para o bem ou para o mal, no que diz respeito à redefinição política das instâncias desta União a que pertencemos.  Mas é com sentimentos mistos de pesar e de satisfação que escrevo esta crónica.

Como democrata-cristão, é impossível nestas alturas deixar de recordar Helmut Kohl, falecido há praticamente dois anos. Enorme estadista, principal responsável pela Ostpolitik que levou à unificação alemã e europeísta convicto, foi também um arquiteto da integração europeia e, como tal, do Tratado de Maastricht em 1992, incentivando a criação do Euro e o alargamento a novos Estados-membros. Kohl partilhava com Miterrand a visão de uma Europa abrangente, forte, interventiva e admirada pela inovação e eficácia do seu modelo político. Aliás, o Parlamento Europeu que será eleito este domingo é, ainda hoje, o único parlamento supranacional democraticamente eleito em todo o mundo.

Dir-me-ão que, como é sabido, a Europa de Kohl e Miterrand não é a mesma em que hoje vivemos e que o panorama geopolítico mudou. Na verdade, o próprio Kohl manifestou a sua desilusão com as mudanças que afetaram o tão desejado equilíbrio do projeto europeu: “A Europa tem estado num pobre estado desde a transição para o século XXI. Tal deve-se a um somatório de temas nacionais, de passos em falso da UE e de uma crise financeira que nos caiu em cima, com força suficiente para abalar a ideia central da Europa”. Concordo com ele e é essa situação que me provoca o pesar de que falei no início desta crónica.

No entanto, há também que ponderar os dados e os factos que pela positiva demonstram o vigor que ainda tem a União Europeia, mesmo enfrentando os efeitos do Brexit, da disputa comercial com os EUA e da ascensão dos populismos anti-Europa. Para este novo ciclo, a UE terá como missão demonstrar mais uma vez a capacidade de superar as dificuldades e as crises, apostando numa agenda que tire partido deste novo universo que partilhamos, ambientalmente consciente, assente numa economia e sociedade cada vez mais digitais e, também, mais participadas.

Como político, defino-me como um otimista pragmático. Acredito que o projeto europeu – pese embora a abstenção de muitos e o reforço antecipado dos eurocéticos no Parlamento – saberá adaptar-se a esta nova desordem mundial em que nos habituamos a viver. E termino apelando, a quem não o fez ainda, para que não deixe de votar este domingo. Regressando a Kohl e como ele dizia: “Numa democracia, se não existirem os votos, nada é possível. Por mais maravilhosos que sejam os nossos sonhos”.

 

Nota muito negativa para a forma como o executivo socialista e a dupla Medina/Salgado continuam a sua gestão da cidade, indiferentes ao sentir dos cidadãos. Nada tenho contra a construção em altura, muito pelo contrário, mas não em qualquer zona da cidade de Lisboa. A polémica torre com altura superior a 60 metros (17 pisos numa zona com edifícios que não têm metade desses pisos) anunciada para o quarteirão da Portugália na Almirante Reis é disso mesmo um exemplo de completo absurdo urbanístico. E, depois do conturbado processo envolvendo os terrenos da antiga Feira Popular, temos agora mais um urbanismo feito à medida dos grandes interesses que movem o sector imobiliário na capital.



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