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“Se vir que isto não tem pernas para andar fico aqui a fazer o quê? Não estou agarrado ao lugar” – Observador

“Se vir que isto não tem pernas para andar fico aqui a fazer o quê? Não estou agarrado ao lugar” – Observador

NOTÍCIAS FINANCEIRAS

“Se vir que isto não tem pernas para andar fico aqui a fazer o quê? Não estou agarrado ao lugar” – Observador

Três anos depois de chegar à liderança do PSD, Rui Rio prepara-se para enfrentar aquele que definiu como o maior desafio do partido desde o dia zero: as eleições autárquicas de 2021. Sem candidatos fechados em Lisboa, Porto ou Coimbra, por exemplo, Rio puxa pelos galões e manda calar os adversários internos. “Sei o que estou a fazer”, diz. E nem as críticas de Carlos Carreiras o menorizam. “É o pior e o mais incompetente nisto”, atira.

Em entrevista ao Observador, no programa Sob Escuta, Rio encerra a novela sobre qualquer aliança com Rui Moreira, que ataca com violência. “Ele mentiu não é confiável. O que aconteceu esta semana serve também para algumas pessoas dentro do PSD”. Em sentido inverso, Vladimiro Feliz, seu ex-vice no Porto, parece ganhar força como possível candidato.Mais a Sul, em Lisboa, Rui Rio admitiu nesta entrevista que Ricardo Baptista Leite encaixa no perfil de candidato que imaginou para bater Fernando Medina. Noutras frentes, duas certezas: Isaltino Morais não terá o apoio do PSD em Oeiras; e a direção não vai impor Pedro Santana Lopes na Figueira da Foz.Sobre o seu futuro, uma certeza: nem as alegadas movimentações de Paulo Rangel assustam, nem o eventual regresso de Pedro Passos Coelho. Muito menos um mau resultado nas próximas autárquicas. “Se vir que correu mal, que isto não tem pernas para andar, fico aqui a fazer o quê? Escusam de andar a preparar a minha sucessão.”Veja aqui a entrevista de Rui Rio na íntegra:

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Rui Rio comemora três anos à frente do PSD. Há três anos assumiu como absoluta prioridade as autárquicas, mais até do que as europeias ou as legislativas. E prometeu que ia começar a prepará-las em 2018. Há poucos dias, também disse que a coisa mais importante para si é o planeamento. Estamos a 18 de fevereiro e não tem candidato a Lisboa, nem candidato ao Porto, nem a Oeiras, nem a Coimbra. O que está a falhar?Noto que quando faço três anos de presidente, quer comemorar, portanto é uma festa. Ainda bem que é uma festa. Há aqui uma diferença na forma comum de fazer política. Não disse apenas há três anos as próximas eleições autárquicas eram absolutamente vitais para o PSD. Disse-o imediatamente a seguir às eleições de 2017. As próximas eleições autárquicas não são vitais para o presidente do PSD, são mais do que isso: são vitais para o partido.Sendo assim já devia estar mais adiantado.… na altura disse que eram mais importantes e que as legislativas e criticaram-me. ‘Ele tem as legislativas como perdidas, deu logo o salto para as autárquicas’. É gente que se vê ao espelho e acha que me está a ver a mim. Mas não está, está-se a ver a si próprio ao espelho.Mas isso nós percebemos: que é para o partido ter uma implantação territorial. Percebemos isso tudo. A dúvida é: não está atrasado? Não tem candidato em Lisboa, não tem candidato no Porto, não tem candidato em Oeiras, não tem em Coimbra. Teve este tempo todo para preparar.Pela primeira vez na história do PSD, em 46 anos, vamos gerir autárquicas em que o presidente do partido foi um autarca e, em parte, quase que é um autarca. Já tivemos presidentes de partido que foram autarcas (Luís Filipe Menezes, Pedro Santana Lopes), mas durante o tempo que o foram não coincidiu com eleições autárquicas.

Não está a ir à pergunta.Mas eu vou. Deixe-me explicar. Sá Carneiro geriu autárquicas mas nunca foi autarca, Balsemão a mesma coisa, Cavaco Silva a mesma coisa, Marques Mendes a mesma coisa. Eu fui. Portanto, dê-me cá o benefício da dúvida que sou capaz de saber o que estou a fazer, não?No seu caso, quando se candidatou à câmara pela primeira vez, o seu nome apareceu muito tempo antes. Não está a dar esse benefício aos candidatos que se vão apresentar em Lisboa, no Porto, em Coimbra.Em Bragança, em Chaves, em Ponte da Barca, em Vinhais, em Cuba no Alentejo… O que eu estou a dizer só aumenta a minha responsabilidade, note bem o que estou a dizer. Não faço como os tais que se olham ao espelho, veem-se a eles e pensam que me estão a ver a mim. Estou a pôr a responsabilidade em cima de mim. Note bem. Não estou aqui para outra coisa.E o que está a falhar?Nada. Só lhe estou a dizer o seguinte: o Miguel nunca foi autarca. Eu fiz muitas eleições autárquicas, sei do que estou a falar. Portanto dê-me lá o benefício de que sou capaz de saber o que estou a fazer.

Quando foi a votos quis ter vários meses para se preparar e não dá esse benefício a estes candidatos.Ouça. Eu sou capaz de saber o que estou a fazer, não?Ouço. Mas convém é explicar.Está a partir de premissas que eu já vivi no terreno. Sei o que estou a dizer, sei o que estou a fazer. Pela primeira vez estamos a gerir autárquicas em que o presidente do PSD foi autarca. Temos de fazer as coisas bem feitas. Repare na nossa comissão autárquicas: são cinco pessoas que sabem o que estão a fazer. Ou foram presidentes de câmara muitos anos ou são presidentes de câmara. Ouço gente de dentro do meu partido a criticar o processo e a fazer as perguntas que está a fazer. Gente que está a dizer que está em desacordo pela forma como se está a fazer, os mesmos que são responsáveis pelo descalabro de 2013 e 2017.


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