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Presidente da Câmara da Ribeira Grande arguido em processo de peculato e abuso de poder – O Jornal Económico
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A Polícia Judiciária constitui vários arguidos, entre eles o presidente da Câmara da Ribeira Grande, e também líder do PSD/Açores, numa operação por suspeitas de crimes de peculato, prevaricação, abuso de poder e falsificação de documentos”.
À agência Lusa, o coordenador da Polícia Judiciária nos Açores, João Oliveira, confirmou a existência de “vários arguidos”, entre os quais o líder do PSD/Açores e autarca do concelho micaelense, Alexandre Gaudêncio, acrescentando que estão desde manhã a ser feitas buscas domiciliárias, na Câmara Municipal da Ribeira Grande e noutras instalações municipais.
“Também estão a ser feitas buscas num conjunto de empresas que têm relações contratuais com a câmara”, acrescentou o coordenador da PJ nos Açores.
Numa nota enviada hoje à imprensa, que antecedeu o contacto da agência Lusa com a PJ, é referido que “estão em curso, nos Açores e também numa empresa do continente, cerca de dez buscas a instalações autárquicas, empresas, residências e viaturas, com vista à apreensão de elementos com interesse probatório”.
A polícia acrescenta que “foram já constituídos vários arguidos, entre os quais o presidente da edilidade, estando sobretudo em causa suspeita de reiterada violação de regras de contratação pública, de urbanismo e ordenamento do território, com presumíveis favorecimentos de empresários e entidades de direito privado, com prejuízos para o erário público”.
A página Internet da revista Sábado diz que está em causa um contrato com o artista brasileiro MC Kevinho para um concerto ocorrido em abril no município açoriano.
De referir que a Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada e com a colaboração da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, no âmbito de inquérito tutelado pelo DIAP de Ponta Delgada, confirmou que realizou esta terça-feira a Operação “Nortada”, pela existência de “fortes suspeitas” da prática dos crimes de peculato, prevaricação, abuso de poder e falsificação de documentos, em que são intervenientes uma Câmara Municipal e diversas entidades de direito privado.
A força policial salienta que estão em curso, nos Açores, e numa empresa do Continente, cerca de dez buscas a instalações autárquicas, empresas, residências e viaturas, com vista à apreensão de elementos com interesse probatório.
“As investigações prosseguem em ordem ao cabal esclarecimento dos factos e apuro da verdade material”, salientou a Polícia Judiciária.
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