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“Enorme surpresa”. Economia europeia supera expectativas em dezembro, mas economistas mantêm cautela – Observador

“Enorme surpresa”. Economia europeia supera expectativas em dezembro, mas economistas mantêm cautela – Observador

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“Enorme surpresa”. Economia europeia supera expectativas em dezembro, mas economistas mantêm cautela – Observador

A economia da zona euro está a ter um desempenho muito menos negativo do que o previsto, neste mês de dezembro, apesar do impacto das medidas restritivas associadas à chamada “segunda vaga” da propagação do novo coronavírus. Os dados avançados (conhecidos pela sigla PMI) da IHS Markit, que se baseiam em sondagens feitas a empresários nas maiores economias (Portugal não consta da lista), apontam para uma contração muito ligeira da atividade económica, o que contrasta com a descida muito mais profunda que os economistas previam.

O índice de gestores de compras (purchasing managers’ index) compósito – que inclui indústria e serviços – saltou para 49,8 pontos em dezembro, o que compara com os 45,3 pontos de novembro e os 45,8 pontos que previam os economistas consultados previamente pela Reuters. Uma leitura abaixo de 50 pontos sinaliza uma contração da atividade, ao passo que um número acima desse valor aponta para uma expansão.Sendo, é certo, um valor ainda abaixo de 50 pontos, o indicador saiu muito melhor do que o previsto, dando boas perspetivas para a evolução das economias nesta reta final de ano. Embora estes dados PMI sejam normalmente vistos como os indicadores mais “frescos” que se conseguem ter para avaliar a evolução das economias, alguns economistas apontam, no entanto, que nas circunstâncias muito particulares que se vivem, até mesmo estes dados podem já estar um pouco desatualizados.“É uma enorme surpresa“, diz o economista Bert Colijn, do banco holandês ING, em nota enviada aos investidores esta quarta-feira. Para o economista, os números apontam para uma boa “resiliência das economias em relação à segunda vaga, até agora”, porém “não devemos festejar para já porque países como a Alemanha e a Holanda preparam-se para entrar em lockdowns ainda mais duros” – isto é, “até os PMI são indicadores que olham para trás, nestes tempos de Covid-19”.
Outra opinião, no mesmo sentido: “A recuperação razoável do índice PMI compósito reflete o levantamento parcial das restrições em França e dá alguma esperança de que a quebra do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre não seja tão profunda quando se temia”, diz à Reuters Jessica Hinds, economista da Capital Economics. “Porém, com novas medidas restritivas a serem aplicadas na Alemanha, a tendência global é que a atividade no setor dos serviços na região vai continuar enfraquecida por algum tempo, travando a retoma”, afirma a economista.Coronavírus matou 952 pessoas na Alemanha nas últimas 24 horas — um novo máximo diárioA expectativa dos economistas, neste momento, aponta para uma contração de 2,6% no PIB do quarto trimestre. Apesar de algum ceticismo entre os economistas, os dados divulgados esta quarta-feira indicam que o setor industrial – sobretudo das exportadoras alemãs – continua a dar um grande suporte à atividade económica, quase compensando a quebra no setor dos serviços.


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