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Dinheiro a troco de nada para todos, grandes cidades “dizimadas” e as outras “previsões insólitas” para 2021 – Observado…

Dinheiro a troco de nada para todos, grandes cidades “dizimadas” e as outras “previsões insólitas” para 2021 – Observado...

NOTÍCIAS FINANCEIRAS

Dinheiro a troco de nada para todos, grandes cidades “dizimadas” e as outras “previsões insólitas” para 2021 – Observado…

O banco de investimento Saxo Bank inclui um grande aumento do interesse geral pelo tema do rendimento básico incondicional (RBI) entre as suas 10 “previsões insólitas” para 2021 – um relatório anual que é dos mais lidos nos mercados financeiros e que, mais do que “apostas” sobre o que pode acontecer no ano seguinte, procura contribuir com motivos de reflexão sobre as grandes tendências económicas e geopolíticas no mundo. Outras das “outrageous predictions” do Saxo Bank para o próximo ano são o “dizimar” das grandes cidades como as conhecemos e uma “revolução” nas energias limpas que irá colocar as renováveis “tradicionais” a um canto.

A edição deste ano é ainda mais audaz do que o habitual. “À medida que 2021 se aproxima, encorajamos toda a gente a olhar para o espelho e a dar o seu melhor para quebrar hábitos antigos, parar de presumir que tendências do passado vão sempre manter-se e perceber quão rapidamente os paradigmas estão a mudar”, afirma o Saxo Bank, lembrando que “tecnologias como a Inteligência Artificial, a automação e o blockchain estão a provocar disrupção em todo o lado, desde categorias profissionais até à própria estrutura das nossas sociedades e às nossas ideias sobre o que é que, verdadeiramente, constitui o capitalismo“.Num ano em que a pandemia de Covid-19 “tornou difícil para as previsões competirem com a realidade”, o Saxo Bank lembra que, apesar de todas as atenções terem estado concentradas no novo coronavírus, “a evolução tecnológica continuou, sempre, a progredir por detrás das cortinas” e a pandemia só veio acelerar uma série de “super-tendências” que já estavam em curso, mas que deram “saltos quânticos” neste ano de 2020. E será em 2021 que algumas destas “super-tendências” se irão tornar mais óbvias e prementes – e é nesse contexto que se enquadram algumas das 10 previsões insólitas do Saxo Bank para o próximo ano.Já era, para muitos, “inevitável”. E, na ótica do Saxo Bank, 2021 poderá ser o ano da afirmação plena do rendimento básico incondicional (RBI) como uma proposta séria e realista – um rendimento mínimo garantido a todos os cidadãos, sem qualquer condição. Isto porque “a pandemia de Covid-19 apenas acelerou a recuperação económica em forma de K que estava a fazer disparar os índices de desigualdade e a rebentar com o tecido social, mesmo antes do vírus”.Não tem nada de ideológico afirmar que esta tendência de crescente desigualdade não poderá continuar para sempre sem o risco de que, a dada altura, sociedades inteiras possam despedaçar-se. E a evolução tecnológica torna exponencial as forças deflacionistas que limitam os salários e tornam cada vez mais difícil a vida da chamada “classe média”, mesmo quando consegue um “lugar ao sol” num mercado de trabalho que já está sob disrupção e que torna cada vez mais difícil o acesso a bens básicos como habitação e educação.“O risco de que as sociedades possam colapsar por completo fará com que nos apercebamos de que as medidas de apoio pandémico, para compensar rendimentos perdidos (devido à pandemia), não foram meras medidas de emergência mas, sim, o início de uma nova realidade permanente de rendimento básico universal“, diz Kay Van-Petersen, um dos analistas do Saxo Bank que elaboraram este relatório anual de “previsões insólitas”.

“Devemos eliminar os intermediários, dar dinheiro diretamente às pessoas”, diz autor de “Utopia para Realistas”O tema do rendimento básico incondicional tem sido amplamente discutido nos últimos anos – nos seus vários modelos que, com algumas variações entre si, têm vindo a ser propostos (e testados). Mas basta pensar nos “cheques” que todos os norte-americanos receberam no correio, quando a pandemia eclodiu, para perceber que esta já não é uma ideia limitada ao meio académico e poderá ser um conceito adaptado não apenas a um choque (súbito mas temporário) como a crise causada pela Covid-19 mas, também, ao incontornável impacto da evolução tecnológica – esse poderá ser menos súbito mas será tudo menos temporário.Um rendimento para todos, incondicional. (Agora) faz sentido?

Na opinião do Saxo Bank, cada vez mais governos mundiais vão olhar para propostas deste género – não terão alternativa. E, numa “era marcada por perda de postos de trabalho provocada pela tecnologia e por trabalho cada vez mais feito remotamente, as grandes cidades vão ver-se a braços com um excesso de capacidade em escritórios de 50% ou mais”.Em 2021 vai tornar-se óbvio que acabou o tempo em que as grandes cidades eram vistas como locais para onde centenas de milhares (ou, mesmo, milhões) de pessoas se dirigiam todos os dias para ir trabalhar, diz o Saxo Bank. Isso fará com que “os valores do imobiliário de escritórios sejam esmagados, bem como o valor do imobiliário comercial como restaurantes e lojas que servem as abelhinhas que todos os dias vão de casa para a cidade, trabalhar” e vão deixar de o fazer, em grande medida, acredita o Saxo Bank.“O novo RBI vai levar a grandes mudanças em relação ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, permitindo que muito mais jovens permaneçam nas comunidades onde nasceram e cresceram. Ao mesmo tempo, os profissionais que continuarem nas grandes cidades também não vão querer viver lá porque as oportunidades de trabalho vão escassear e a qualidade de vida em pequenos apartamentos, muito caros, em zonas com mais crime, vai tornar-se cada vez menos atrativa”, diz o Saxo Bank, aconselhando aos investidores – seus clientes – que fujam ao investimento em fundos imobiliários que apostem em ativos imobiliários nas grandes cidades mundiais.

Na sequência do ponto anterior, o Saxo Bank aposta, também, que no próximo ano poderá subir de tom a proposta de criação de um Fundo Tecnológico dos Cidadãos, que seria o veículo ideal para compensar as pessoas que vão perder rendimentos devido aos ganhos de produtividade que vão ser obtidos não à custa do seu trabalho mas, sim, graças à inovação tecnológica. Em termos simples, cada cidadão seria um acionista do veículo para onde recairia uma parte substancial dos despojos obtidos através da valorização do capital (e não do trabalho). E esses seriam, depois, distribuídos como se fossem dividendos.A Universidade de Oxford projetou recentemente que a evolução tecnológica irá, até 2030, tornar obsoletos cerca de metade dos postos de trabalho nos EUA, uma realidade fácil de extrapolar para o resto dos países do Ocidente. “Esta dinâmica vai agravar a desigualdade e a crescente polarização dos mercados de trabalho modernos”, diz a analista Eleanor Creagh, acrescentando que “a marcha da tecnologia, combinada com a lealdade aos princípios da economia de mercados abertos, já está a minar o contrato social e a destruir o tecido das nossas sociedades – e a Covid-19 só veio acelerar estas tendências”.“Juros baixos são maus para os jovens que não têm pais ricos”

“A partir de 2021, as nossas sociedades vão ter de encontrar um novo rumo político se quisermos evitar um enraizamento cada vez maior da injustiça social mas, também, tumultos políticos e sociais e risco sistémico”, diz o Saxo Bank, defendendo que isto não vai ser conseguido com pequenas alterações nos códigos fiscais mas, sim, com propostas audazes como a criação de soluções que evitem que se concentrem num grupo cada vez mais ínfimo de pessoas os despojos do novo mundo digital.


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