CDS-PP quer mexer no sistema de saúde a favor dos madeirenses – O Jornal Económico

O CDS-PP comprometeu-se a mexer no sistema da saúde de modo a que este fique a favor dos madeirenses. Esta foi uma das conclusões da comissão política dos centristas, realizada na passada quarta-feira, que também analisou os resultados obtidos nas europeias e definiu algumas das estratégias a aplicar nas regionais e legislativas.

A reunião dos centristas madeirenses definiu alguns dos temas que podem marcar a campanha para as regionais e traçou a saúde como um setor prioritário. O líder do CDS-PP Madeira, Rui Barreto, lembrou as 90 iniciativas apresentadas no Parlamento da Madeira para melhorar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde prestados na região, a luta que foi travada para a construção do novo hospital.

“Vamos pedir uma auditoria interna independente para analisar o Serviço Regional de Saúde”, afirmou o líder centrista.

Rui Barreto diz que a saúde foi um problema não resolvido pelo PSD, que em vez de o melhorar acabou por agravar ainda mais o setor.

“Começou a governar tinha cerca de 16 mil pessoas em lista de espera, hoje tem 22 mil”, explicou.

Rui Barreto sublinha que o PSD “não tem soluções” para a saúde, e que a solução do PS, “é comprar um hospital, como se comprando o edifício conseguisse apagar a lista de espera, é, portanto, um partido que não oferece confiança”.

O líder do CDS-PP prometeu “mexer na saúde de modo” a que esta fique a favor dos madeirenses, e que o sistema precisa de ser moralizado. O centrista diz que o público tem de dar respostas às necessidades, e o privado tem de ser complementar.

“Temos 11 blocos operatórios, mas a capacidade de produção é de apenas 50%. Do que precisamos não é de 75 milhões de euros para comprar um hospital privado, mas de maior produtividade nos blocos operatórios, provendo mais anestesistas, mais enfermeiros e provavelmente cirurgiões em algumas especialidades”, sugere Rui Barreto.

O centrista quer ainda acabar com a promiscuidade entre o setor público e o privado. O líder do CDS-PP refere ainda que não aceita viver numa terra onde a pessoa que “não tem recursos e não tem alternativa no sistema público, tem de sair da Região para fazer uma cirurgia” com os custos que isso acarretam.

“O sistema regional tem de dar respostas a isso, mas é preciso coragem para alterar o sistema”, afirma.