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As contas incertas dos socialistas – O Jornal Económico

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As contas incertas dos socialistas – O Jornal Económico

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Recorrentemente, em cada período eleitoral, surgem vozes que se pretendem arvorar como “pragmáticas” e defensoras da designada real politik dizendo sempre o mesmo: Que os cidadãos eleitores não leem nem dão qualquer atenção aos programas eleitorais elaborados pelos partidos. Sucede que, para além de essas afirmações constituírem uma atitude de infantilização do eleitorado, elas não correspondem à verdade.

Poderá a maioria dos eleitores não imprimir nem ler na sua íntegra os documentos que reúnem a totalidade das propostas partidárias. Mas a mesma maioria sabe bem distinguir que medidas e propostas pertencem a cada um dos partidos e também avaliar se essas propostas eleitorais são meras promessas propagandísticas ou se estão em sintonia com as provas dadas na governação ou na oposição, consoante.

Nesse sentido, quero acreditar que será sob o prisma de uma análise inteligente que a generalidade do eleitorado verá o programa socialista recentemente apresentado e descolado de qualquer ligação com a realidade dos números. Como disse Adolfo Mesquita Nunes, os socialistas prometem aumentar investimento e salários, apoios e bolsas ao mesmo tempo que afirmam a intenção de cortar “impostos e impostos, tornando tudo isto num exercício de ficção”.

Uma notícia publicada há dias é reveladora num dos seus parágrafos: «Desde o início da elaboração do programa eleitoral, o PS assegurou que todas as ideias que constassem do documento teriam de passar por um crivo de sustentabilidade financeira, sendo quantificadas e acomodáveis nos princípios de “contas certas” com que o partido se apresenta a votos. Porém, questionado pelo Expresso sobre essas contas, o coordenador do programa do PS recusa-se, para já, a revelá-las». Pontos negativos para a coerência e a transparência, portanto.

No entanto, o mais relevante é que, para além de os dirigentes do Partido Socialista não apresentarem nenhum impacto financeiro das medidas que propõem ao eleitorado, tornando assim impossíveis uma discussão e um debate honestos em torno das promessas que constam do seu programa eleitoral, todas essas promessas estão à margem do cenário macroeconómico defendido pelo Governo e validado por Bruxelas no Programa de Estabilidade.

Temos, portanto, dois partidos socialistas distintos: aquele PS que, na presença do presidente do partido António Costa, apresenta um programa sem as respetivas contas e baseado num cenário macroeconómico; e o outro PS no Governo, tendo como PM António Costa, que governa com outro cenário macroeconómico substancialmente diferente. Mais uma vez, menos dez pontos pela coerência para os socialistas. Quais? Eu diria que todos. E os sinais cada vez mais evidentes da saída do ministro Mário Centeno, depois da colocação do seu chefe de gabinete à frente do OPART ultrapassando a ministra da Cultura, torna mais determinantes ainda as incógnitas que o PS deixa pairar sobre o futuro.

 

É de saudar o anúncio feito pela Fundação Calouste Gulbenkian sobre a criação do Prémio Calouste Gulbenkian para a Humanidade, pretendendo “incentivar o surgimento de novas ideias, que contribuam para a melhoria do futuro da Humanidade” e que nesta sua primeira edição será dedicado às alterações climáticas. Uma escolha mais do que pertinente, tendo em conta os desafios climáticos cada vez maiores que todos enfrentamos.

 



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